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Qual A metodologia correta no ensino de adultos?

Atualizado: 13 de dez. de 2020

Cada faixa etária tem a sua maneira de aprender!


Você sabia que é crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos tem maneiras completamente diferentes de aprender?


Professora perguntando e aluno levantando a mão para responder


Mas mesmo assim muitas vezes vejo por ai professores e treinadores utilizando as mais avançadas técnicas da pedagogia, só que para ensinar adultos.


Segundo o Brasil Escola a etimologia da palavra Pedagogia tem origem na Grécia, paidós (criança) e agodé (condução). A palavra grega Paidagogos é formada pela palavra paidós (criança) e agogos (condutor).


Portanto, pedagogo significa condutor de crianças,aquele que ajuda a conduzir o ensino.


Muito bem! Isso é pedagogia mas será que existe este termo para os adultos? Sim! O termo que utilizamos para o ensino dos adultos é Andragogia nesta palavra substituímos o termo paidós (criança) pelo termo andros que significa homem adulto. Ou seja Andragogia é o ensino de adultos.



As pegadinhas do ensino de adultos



1) Pensar na educação de adultos da mesma maneira que pensamos na educação de crianças


Este erro custa caro! Você já parou para pensar por que o nível de concludentes dos cursos opcionais é tão baixo nas organizações? Só há duas respostas para este caso:


a) O curso não é relevante para o colaborador.

b) O curso tem conhecimento relevante para os colaboradores mas está sendo transmitido de uma forma errada. Provavelmente com uma metodologia infantil.


2) Acreditar que o problema são os alunos e não o curso


Aprender é intrínseco do ser humano, ainda mais quando o conteúdo aprendido pode dar retorno positivo. Ou seja: Todos no seu nível gostam de aprender. É muito provável que se o seu engajamento ou participação seja baixo o problema seja a grade o curso ou o instrutor.


3) Acreditar que o professor resolve tudo


Mesmo que todo ser humano goste de aprender, antes disso há a liberdade de cada um, o momento de vida, o conhecimento prévio e muitos outros fatores. Todo bom aprendizado teve um bom professor, mas, um bom professor não garante, sozinho, o bom aprendizado.


4) Pressupor que todo especialista ou pessoa comunicativa será um bom professor/instrutor


Nem todo especialista é um bom professor, mas, todo bom professor acaba se tornando especialista. Hoje vivemos um momento ímpar dentro da educação corporativa, estamos na era dos success man dando palestras, cursos e aulas. Muitas vezes estas pessoas de sucesso tem uma excelente habilidade comunicacional. Esta habilidade acaba por ser enganosa.


A maneira de você verificar isso é avaliando se ao final da aula/palestra/curso: você diz algo como: "como ele fala bem! Como ela falou bonito! Como essa pessoa é contagiante! Quanto conhecimento!" Qualquer afirmação como estas significa que você perdeu sem tempo com um bom entretimento. O foco deste tipo de afirmação é o palestrante e portanto está invertido.


Agora quando você termina de ouvir uma palestra/curso/treinamento e diz algo como: "quanta coisa eu aprendi! Quanta informação boa eu recebi hoje! Eu entendi que devo fazer ..." Mesmo que o palestrante tenha tido uma performance incrível o foco estará correto o estudante. Os comentários ao final de cada sessão devem ser sobre a ação que deve ser executada.



Qual a metodologia correta de compartilhar conhecimento com adultos?


Quando você for contratar alguém para alguma ação instrucional pergunte se a pessoa pode falar um pouco para você sobre o cone of experience (leia este artigo), sobre a taxonomia de bloom, design instrucional, sala de aula invertida, aprendizado interativo ( e não estamos falando em fazer corrida de bolas de pingue pongue em calhas). Estas são apenas alguns dos conceitos mais comuns na andragogia. Caso não saibam lhe responder satisfatoriamente sobre estes assuntos, o sucesso da sua jornada instrucional será pura sorte!


Então chegamos à fórmula para para compartilhar o conhecimento com adultos, vamos listar abaixo os itens que precisamos.


  • Tema relevante para o público;

  • Comunicador com excelente maestria;

  • Público alvo previamente preparado;

  • Estrutura física/tecnológica adequada;

  • Conteúdo preparado usando técnicas de andragogia;

  • Aplicação da instrução seguindo o correto design instrucional;

  • Abordagem baseada em sistemas representacionais de comunicação;

  • Promoção da real interatividade;

  • Blocagem super curta de picos de atenção;

  • Linguagem equacionada entre professor e estudantes;

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